![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCLhfXBLSuNvsPfMaRaK3Fx6YYrE6ErNLvV7fZvgBs1iNFRcsvRWoc2Knis4mgIDsmL094k8WzEmWL7pb4sq-DRGO-U_1ph_M4otqK1oLQ4EhUVUt8gJcyNi4c_lg5cbJl8-eGtIjUfKyu/s200/fouc.gif)
O jornal italiano La Repubblica, 21-07-2009, publicou texto do filósofo francês Michel Foucault (1926-1984), em que o autor analisa a vacina como "um típico mecanismo de segurança". A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Fonte: UNISINOS
O caráter certo e generalizável da inoculação e da vacinação permitia considerar o fenômeno em termos de cálculo das probabilidades, graças aos instrumentos estatísticos de que se dispunha.
A vacinação tinha isto de relevante: não objetivava tanto impedir a varíola, mas sim provocar algo semelhante nos indivíduos que eram inoculados. Graças a essa espécie de leve doença inicial, inoculada artificialmente, era possível prevenir os outros ataques eventuais da varíola.
Eis um típico mecanismo de segurança. Dupla integração, portanto: no âmbito das diferentes tecnologias de segurança e no interior da racionalização do caso e das probabilidades.
Tudo isso tornava essas novas técnicas seguramente aceitáveis, se não para o pensamento médico, pelo menos para os vários médicos, administradores, responsáveis pela polícia médica e, definitivamente, para as próprias pessoas.
Fonte: UNISINOS
O caráter certo e generalizável da inoculação e da vacinação permitia considerar o fenômeno em termos de cálculo das probabilidades, graças aos instrumentos estatísticos de que se dispunha.
A vacinação tinha isto de relevante: não objetivava tanto impedir a varíola, mas sim provocar algo semelhante nos indivíduos que eram inoculados. Graças a essa espécie de leve doença inicial, inoculada artificialmente, era possível prevenir os outros ataques eventuais da varíola.
Eis um típico mecanismo de segurança. Dupla integração, portanto: no âmbito das diferentes tecnologias de segurança e no interior da racionalização do caso e das probabilidades.
Tudo isso tornava essas novas técnicas seguramente aceitáveis, se não para o pensamento médico, pelo menos para os vários médicos, administradores, responsáveis pela polícia médica e, definitivamente, para as próprias pessoas.
Para ler mais:
- A arte de viver, segundo Michel Foucault
- Foucault, 25 anos depois
- Gripe A, saúde e direitos humanos
- O vírus da gripe suína não é ''um ato anônimo da natureza''. Entrevista com Mike Davis
- A lógica financeira e as pandemias
- Vírus e pânico: os dois perigos
- E se esta for a pandemia?
- As epidemias e ameaças mais recentes